domingo, 16 de dezembro de 2012

GOTAS DE ESPIRITUALIDADE

"Quando o homem gravar na própria alma
Os parágrafos luminosos da Divina Lei,
O companheiro não repreenderá o companheiro,
O irmão não denunciará outro irmão.
O cárcere cerrará suas portas,
Os tribunais quedarão em silêncio.
Canhões  serão convertidos em arados,
Homens de armas volverão à sementeira do solo.
O ódio será explulso do mundo,
As baionetas repousarão,
As máquinas não vomitarão chamas para o incêndio e para a morte,
Mas cuidarão pacificamente do progresso planetário.
A justiça será ultrapassada pelo amor,
Os filhos da fé não somente serão justos,
Mas bons, profundamente bons.
A prece constituir-se-á de alegria e louvor
E as casas de oração estarão consagradas ao trabalho sublime da fraternidade suprema.
A pregação da Lei
Viverá nos atos e pensamentos de todos,
Porque o Cordeiro de Deus
Terá transformado o coração de cada homem
Em tabernáculo de luz eterna,
Em que seu Reino Divino
Resplandecerá para sempre."

Do livro "Pão Nosso" - Psicografado por Francisco Cândido Xavier
Pelo Espírito Emmanuel - FEB.

GOTAS DE ESPIRITUALIDADE - Dezembro/2012

Perdoai para que Deus vos perdoe

O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 10 - itens 1 a 4, Bem-aventurados aqueles que são misericordiosos, Boa Nova Editora.


Bem-aventurados aqueles que são misericordiosos, porque eles próprios obterão misericórdia. (São Mateus, 5:7).

Se perdoardes aos homens as faltas que eles fazem contra vós, vosso Pai celestial vos perdoará também vossos pecados;  - mas se não perdoardes aos homens quando eles vos ofendem, vosso Pai não vos perdoará vossos pecados. (São Mateus, 6:14-15).

Se vosso irmão pecou contra vós, ide lhe exibir sua falta em particular, entre vós e ele; se ele vos escuta tereis ganho o vosso irmão. - Então Pedro se aproximando, lhe disse:
Senhor, quantas vezes perdoarei ao meu irmão, quando ele houver pecado contra mim? Será até sete vezes? - Jesus lhe respondeu: Eu não vos digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes. (São Mateus, 18:15, 21-22).

A misericórdia é complemento da doçura; porque aquele que não é misericordioso não saberia ser brando e pacífico; ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. O ódio e o rancor denotam uma alma sem elevação nem grandeza; o esquecimento das ofensas é próprio da alma elevada, que está acima dos insultos que lhe pode dirigir; uma é sempre ansiosa, de uma suscetibilidade desconfiada e cheia de fel; a outra é calma. cheia de mansuetude e de caridade.

(...)

Mas há duas maneiras bem diferentes de perdoar; uma grande, nobre, verdadeiramente generosa, sem segunda intenção, que poupa com delicadeza o amor-próprio e a suscetibilidade do adversário, tivesse mesmo este último toda a culpa; a segunda pela qual o ofendido, ou aquele que acredita ser impõe ao outro condições humilhantes, e faz sentir o peso de um perdão que irrita, em lugar de acalmar; se estende a mão, não é com benevolência, mas com ostentação a fim de poder dizer a todo mundo: Vede quanto sou generoso! Em tais circunstâncias, é impossível que a reconciliação seja sincera de parte a parte. Não, não está aí a generosidade, é um modo de satisfazer o orgulho. Em toda contenda, aquele que se mostre mais conciliador, que prove mais desinteresse, caridade e verdadeira grandeza d'alma, conquistará sempre a simpatia das pessoas imparciais.